Castanheira de Pêra

castanheira de pêra

Castanheira de Pera, concelho criado em 4 de Julho de 1914 é composto pela União de Freguesias de Castanheira de Pera e Coentral. Ocupa uma área de 68 km2 em plena zona centro do país, tem uma população de 2.647 habitantes (dados de 2021).

Situada no planalto da vertente sul da Serra da Lousã , a nordeste do distrito de Leiria, confronta com os  concelhos de Pedrogão Grande, Figueiró dos Vinhos, Lousã e Gois integrando a denominada Zona do Pinhal Interior Norte. Com uma flora e fauna de beleza ímpar, no outono ouvimos o  brama dos veados que com parcimónia passeiam pela serra e a primavera traz mil e uma tonalidades verdes pinceladas de amarelo e lilás que tornam a serra que a circunda num quadro belíssimo.

A sua morfologia é caracterizada por uma acentuada desigualdade altimétrica. A norte encontramos altitudes acima dos 700 metros e a sul os valores descem aos 400 metros.

A Ribeira de Pera, afluente da bacia hidrográfica do Tejo atravessa o concelho de norte a sul.

Em termos de acessibilidades identifica-se uma rede diversificada que liga Castanheira de Pera aos centros urbanos que nos envolvem.

Desde tempos remotos que por muitos motivos Castanheira de Pera se tornou um concelho a conhecer.

O primeiro documento conhecido é uma sentença de D. Afonso V que se referia às terras de pastoreio da então aldeia do Coentral. Depois,veio o ofício de Neveiro e os Poços da Neve no Santo António da Neve bem no alto da Serra da Lousã, estes permitiam recolher a neve no inverno e armazená-la para depois no verão ser transportada em carros de bois até Constância e dali de barco até Lisboa onde era consumida em gelados na Corte. A visita a três poços ainda existentes é obrigatória como também é,  a observação de flora paleolítica que por lá se encontra.

A belíssima Ribeira de Pera motor de uma indústria têxtil que no final do século XIX cresceu, fez com que o concelho prosperasse tendo sido em 1958 o terceiro centro industrial de lanifícios do país. Também esta ribeira trouxe a iluminação pública às ruas da vila em 1912, primeiro que Coimbra.

Ao passearmos pelas ruas encontramos sinais de riqueza nas casas senhoriais que ainda existem.

Mas esta indústria teve o seu tempo e foi preciso encontrar novos caminhos, abrir horizontes. Ancoradas na Ribeira que corre veloz de norte a sul misturam-se as belas praias fluviais circundadas pela beleza inigualável da serra.

Bem no coração da vila surge a Praia Fluvial das Rocas, um complexo de lazer e animação situado num lago com quase 1 km de extensão. As águas límpidas espraiam-se, formando um local encantador onde palmeiras tropicais se entrelaçam com a Serra da Lousã que nos espreita lá do alto. Uma piscina de ondas com 2100 m2,constitui por si só um ambiente onde o sonho e a realidade se confundem. Pode ainda desfrutar de passeios de barco e de gaivota, praticar desportos radicais como o slide ou a parede de escalada e dormir embalado num dos veleiros atracados na marina ou adormecer com a ribeira aos seus pés num dos bungallows do complexo Villa Praia…

Mais recôndita está a Praia Fluvial do Poço Corga com um magnífico carvalhal secular onde todo o ambiente convida a dias de lazer e piqueniques em família. Um passeio à Ribeira das Quelhas pode levá-lo a percursos plenos de cascatas cristalinas cheias de magia.

A vila oferece-nos bonitos recantos, a Igreja Matriz e alguns apontamentos de modernidade que se conjugam numa simbiose perfeita.

A natureza contribui para uma gastronomia rica onde o mel e a castanha são reis. Destaca-se o cabrito assado e o arroz de cabidela de cabrito que não defraudarão o palato mais apurado.

O artesanato, cujo apontamento mais singular é o barrete usado pelos campinos do Ribatejo é marca de uma tradição têxtil e a recordação da única fábrica do mundo que ainda os fabrica. É por Terras da Princesa Peralta, um símbolo de amizade e fraternidade.

Castanheira de Pera, A Porta do Sol da Serra da Lousã!

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