Leiria é também o Lis.

As margens do rio foram requalificadas e proporcionam um agradável passeio. A força da água continua, ao fim de tantos séculos, a mover o moinho hoje transformado em Museu. Uma cronologia da história do papel, uma máquina de impressão, um cavalete tipográfico são algumas das peças expostas.

Assim como um mapa com a rota desse bem precioso, onde Leiria ocupa um lugar de destaque a partir de 1411. É verdade que muito depois da China (105) Japão (610), Bagdad (795), Fez (1100) ou Nuremberga (1390). Ainda a funcionar é possível fazer folhas de papel tal como foram fabricadas em 1496 para um dos primeiros livros impressos do país. O projeto da autoria do arquiteto Siza Vieira, para além da vertente do papel, ainda mói o cereal com a mesma eficiência do século XIII e é mesmo possível levar uns quilos para casa. É só escolher entre milho, centeio, trigo… A farinha resultante da moagem que aproveita a força da água do Lis é vendida, mas é sempre curioso aprender como, afinal, se faz farinha.

Ainda no museu, os bancos junto ao rio convidam a uma pausa. O som da corrente é apenas interrompido pelo chilrear dos pássaros que parecem sentir-se desafiados a sobrepor o seu canto ao turbilhão quase ensurdecedor da água. A sombra fresca e a brisa suave são perfeitas para a leitura.

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