Porto de Mós
Porto de Mós
O Concelho de Porto de Mós com cerca de 264km2 e 23.211 habitantes (dados de 2021) é de média dimensão e situa-se no seio da região centro do país, sendo um dos dezasseis concelhos do distrito de Leiria. Divide-se em 10 freguesias: Alqueidão da Serra; Alcaria e Alvados; Arrimal e Mendiga; Calvaria de Cima; Juncal; Mira de Aire; Pedreiras; Porto de Mós – São João Baptista e São Pedro; São Bento; e Serro Ventoso.
Encontra-se a cerca de 100 km de Lisboa, 20 km de Fátima, 25 km da Nazaré e a 20 km da sede do distrito. É limitado a Norte pelo concelho da Batalha, a Sul pelos concelhos de Alcanena, Santarém e Rio Maior, a Nascente pelo concelho de Ourém e a Poente pelo concelho de Alcobaça. As suas fronteiras situam-se a curtíssima distância dos dois principais eixos rodoviários nacionais: a A1, a Nascente, e a A8, a Poente.
A comunicação privilegiada entre estas duas importantes vias faz-se, igualmente, através do IC9 que rasga o concelho de Poente a Nascente, tocando os limites da vila e também pela A19. Porto de Mós encontra-se, assim, ligado à principal rede viária nacional possibilitando, de forma fluida e atractiva, a circulação de pessoas e bens. É a própria localização privilegiada do concelho, inserido numa das regiões mais dinâmicas do país, próximo das grandes vias de acesso terrestre, que se constitui como um factor potenciador não só do seu desenvolvimento como, também, do seu relacionamento com o mundo exterior, num contexto de modernidade.
Há cerca de 100 mil anos, os antigos leitos do rio Lena acolheram os primeiros povos pré-históricos. Foi no seio das terras férteis deste vale que os diferentes povoados se foram implantando, intensificando a circulação de pessoas e bens, justificando a toponímia deste local, enquanto ponto fundamental na rede viária da região. Porto de Mós, o porto das mós, como tradicionalmente se define, denuncia claramente a relação com o cais de embarque, ao mesmo tempo que reforça a capacidade inovadora relacionada com o desenvolvimento de tecnologias rurais da moagem em azenhas e, mais tarde, em moinhos de vento, com as suas costumadas mós, elementos simbólicos que virão, aliás, a ser aproveitados para a representação da própria vila, na definição da sua heráldica.
A …vila forte…, como Camões a designa na estância 16 do canto VIII d’ Os Lusíadas, está intrinsecamente associada à figura lendária de D. Fuas Roupinho, alcaide-mor do castelo desta terra, brilhante figura, tido, por alguns, como meio irmão de D. Afonso Henriques ou filho bastardo, ao serviço de quem, em 1180, havia de conseguir, estoicamente, reconquistar a fortaleza aos mouros.
Pertença dos coutos do Mosteiro de Alcobaça, Porto de Mós, ao longo de toda a época medieval, observa um crescendo de importância. Dotada de uma significativa organização a nível administrativo e institucional, na centúria de duzentos, a vila de Dom Fuas afirma-se, ao longo dos séculos XIII e XIV, com a atribuição da carta de foral, em 1305, por El-Rei Dom Dinis, confirmada por D. Manuel, em 1515, reafirmando a solidez de usos e costumes enraizados desde há muito, agora consubstanciados na definição de obrigações e privilégios.
Propriedade da rainha Santa Isabel, garantia de núpcias, estas terras foram, igualmente, cedidas à rainha D. Beatriz e, posteriormente, ao seu neto, D. João, filho de D. Pedro e D. Inês de Castro; indissociável da memória colectiva por ser o local de encontro entre D. João I e D. Nuno Álvares Pereira, o Santo Condestável, a quem, aliás, em 1385 é doado este condado, Porto de Mós foi o palco na preparação das hostes para a Batalha Real, dita de Aljubarrota; pertença da Casa de Bragança, a vila surge-nos como uma fonte imensa de curiosidades históricas que vale a pena procurar conhecer.
O Concelho de Porto de Mós alberga, em si, um património bastante diversificado, capaz de dar resposta e de satisfazer as novas motivações do turista de hoje que assentam, essencialmente, na conjugação de diferentes áreas de interesse, como a cultura, o património histórico, o turismo de natureza e de lazer e a gastronomia.
O turista de hoje viaja para melhorar a sua qualidade de vida, procurando destinos cujo cartão-de-visita lhe ofereça um potencial turístico com história e vivências que reflictam a magia das raízes de um povo e de uma região, assumindo grande relevo as propostas de partilha do conhecimento dessas gentes, desses lugares e dos seus recursos endógenos.
O Concelho de Porto de Mós, dotado de um potencial turístico enorme, alberga belezas naturais diversificadas, com expoente máximo na eleita maravilha Grutas de Mira de Aire, espelho de um conjunto belíssimo e vasto, no qual se incluem as Grutas de Alvados e as Grutas de Santo António. De destacar, ainda, a Fórnea, um anfiteatro natural, enriquecido pelas cascatas da Cova da Velha e a flora e fauna, tão características do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros. Nocoração desta reserva natural, Porto de Mós surge como um palco privilegiado para o usufruto do turismo de natureza e para a prática de desportos ao ar livre. Provas de BTT, downhill, escalada ou trilhos de percursos pedestres, animam as serras.
A antiga linha de caminho-de-ferro, convertida em Ecopista,é disso exemplo recebendo, diariamente, centenas de visitantes, num simbiose perfeita entre a história e a natureza.
Do património histórico, realce para o seu castelo de traça palaciana, também para o Campo Militar de S. Jorge,prolongado pelo Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, para a Estrada Romana do Alqueidão da Serra, entre outros pontos de interesse que, aliados à boa gastronomia local e à oferta de alojamento diversificada, concebem Porto de Mós como um destino justificado para uma visita.
Cientes de que o turismo se apresenta como uma actividade económica de grande impacto na qualidade de vida das sociedades contemporâneas, pretendemos, sobretudo, dar a conhecer melhor o Concelho de Porto de Mós, contribuindo para o bem-estar das nossas populações e de quem nos visita, não esquecendo nunca que são as acções dos homens que imprimem vida aos lugares.Seja Bem-vindo a esta Terra de Encantos!
Comunidade Intermunicipal
da Região de Leiria
Edifício Maringá, Torre 2 – 2º andar, 2400-118 Leiria
Telefone: +351 244 811 133
(Custo de uma chamada para a rede fixa nacional)
Email: cimrl@cimregiaodeleiria.pt