Igreja Matriz
03/12/2022| Cultura e Património, Pedrógão Grande| CIMRL
Grandiosa ao olhar de todos os que a visitam, a Igreja Matriz é um templo de traça românica dos finais do séc. XII.
Consagrado a Nossa Senhora da Assunção foi classificado monumento nacional em 1922.
Ao longo dos anos foi alvo de reconstruções sucessivas que lhe modificaram a sua traça primitiva, apresentando, atualmente, um traçado quinhentista. A fachada exibe ao centro uma robusta torre tripartida, com 25 metros de altura. O interior é constituído por três naves de quatro tramos que repousam sobre sólidas colunas jónicas de granito. No piso térreo, um pequeno nártex rasgado por três arcos de volta perfeita, ornamentados de rosetas renascentistas. O piso intermédio, correspondente ao coro, é liso e tem apenas uma pequena abertura circular, o último é aberto aos arcos das sineiras. A cúpula é revestida a telha imbricada, encimada por um cata-vento. As fachadas laterais são reforçadas por contrafortes maciços, testemunhos da construção primitiva. O interior possui três naves, com quatro tramos, ligados por arcos de volta inteira assentes em dez colunas de capitéis jónicos. À entrada da capela-mor podem observar-se dois altares colaterais. No lado do Evangelho destaca-se um Cristo Crucificado de madeira; no da Epístola entre outras, admira-se a escultura do Espírito Santo, de pedra policromada, datada do século XVI. Numa sacristia, encontra-se um lavabo renascentista, um robusto arcaz que guarda algumas esculturas seiscentistas, obras de grande valor artístico. A capela-mor é coberta por uma abóbada, cujas nervuras assentam em quatro estribos ornamentados com bocetes nos seus fechos. As paredes da ousia são forradas por azulejos-padrão seiscentistas. No altar figura um retábulo constituído por um nicho central, com a Nossa Senhora da Assunção, peça de pedra policromada que, integrava, o antigo retábulo-mor construído em 1554 e por quatro outros laterais, com as estátuas dos quatro evangelistas.
É uma obra do renascimento de Coimbra, executado com o calcário de Ançã e atribuída à oficina do francês João de Ruão. Os núcleos mais importantes são a Imagem de Nossa Senhora da Assunção, o púlpito renascentista de 1536, em forma de cálice com lavores esculpidos, as pedras sepulcrais com inscrições tumulares do séc. XVII, os fragmentos do retábulo de João do Ruão.
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