A povoação de Pombal teve início, precisamente, junto ao seu castelo.
No século XII, em plena reconquista cristã, Gualdim Pais iniciou a construção do castelo de Pombal, uma fortaleza militar, posto avançado de defesa do Mondego. A torre de menagem e a grande cisterna são ainda hoje pontos de referência deste castelo, que foi sofrendo várias alterações ao longo dos séculos.

A transformação de fortaleza em residência senhorial aconteceu no início do século XVI por ordem do rei D. Manuel I e, por isso, ainda hoje podes ver o brasão manuelino no topo da porta principal. O alcaide-mor de Pombal, que passou a residir no castelo, introduziu alterações como a abertura de janelas nas muralhas. Janelas que foram eliminadas na última recuperação da estrutura que visou respeitar ao máximo o cariz militar que teve inicialmente.

Depois de passares as portas do castelo, podes ver a estrutura metálica robusta que tornou acessível o interior da torre de menagem e proporciona aos visitantes uma vista desafogada de toda a região. Foi também construído um posto de turismo onde as crianças podem assistir aos filmes animados com Sesnando, o herói improvável e a Lenda do Mouro al Pal Omar.

Reza a história que o mouro esbelto usava as suas artes de sedução para atrair todas as donzelas. Os cavaleiros do Templo combateram-no e acabaram por o ver desaparecer para sempre numa gruta encantada do palácio no alto do monte. Para evitar que escapasse, em cima dessa gruta foi construído um castelo de pedra – o castelo de Pombal. Mas a lenda diz que o mouro continua a encantar as raparigas casadouras que ousam ir sozinhas ao castelo após o pôr-do-sol.

Pombal tem outras lendas associadas ao seu nome. Um rei ao avistar um grande número de pombas a sobrevoar o morro do castelo terá exclamado: “Formoso pombal!” Podes escolher a história que mais gostas. Mas, no foral da Redinha de 1159, Pombal é designado por “Terrae Palumbarii” e a heráldica de Pombal coloca dois pombos nas ameias do castelo.

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