CIMRL, Nerlei e Politécnico de Leiria desenvolvem estratégia comum de apoio económico e social Pós-Pandemia
A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), a NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria (NERLEI) e o Instituto Politécnico de Leiria (Politécnico de Leiria) estabeleceram um memorando de entendimento de que resulta uma estratégia comum de apoio económico e social Pós- Pandemia que contempla a criação de um “Gabinete Económico e Social Pós- Pandemia” e o desenvolvimento de um “Plano de Medidas para o NovoLançamento Económico e Social da Região de Leiria, no período Pós-Pandemia”.
Segundo o memorando, pretende-se responder ao grave impacto da pandemia de Covid-19 no tecido empresarial e social da região de Leiria, no curto e médio prazo, através de medidas articuladas de base territorial.
O “Gabinete Económico e Social Pós-Pandemia” será presidido pelo ex-presidente da NERLEI, Jorge Santos, sendo ainda integrado pelo presidente da CIMRL, Gonçalo Lopes, pelo presidente da NERLEI, António Poças, e pelo presidente do Instituto Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa, podendo vir a integrar outras entidades de relevância regional estratégica no decorrer do desenvolvimento do trabalho.
De acordo com o memorando, será ainda preparado um “Plano de Medidas para o Novo Lançamento Económico e Social da Região de Leiria, no período Pós-Pandemia”, com dimensão de curto (2020) e médio prazo, com metas e indicadores de acompanhamento, devendo ser criados para o efeito grupos de trabalho temáticos e setoriais.
Estas instituições pretendem ainda assegurar a monotorização da dinâmica de recuperação económica e social da Região de Leiria e estimular as melhores condições para a sua implementação, criando para o efeito um “Grupo de Acompanhamento Económico e Social”, que reunirá mensalmente para analisar a evolução do emprego, a criação de empresas, a coesão social, os meios de financiamento, assim como a aplicação das medidas de intervenção regionais, nacionais e europeias.
Participam neste grupo, a convite do Gabinete Económico e Social Pós Pandemia, os principais organismos desconcentrados do Estado e entidades públicas e privadas representativas dos setores económicos, sociais, educativos, culturais, de empreendedorismo e de investigação.
No documento, estas entidades comprometem-se a divulgar e envolver as entidades concelhias e regionais, de modo a que o processo de planeamento e acompanhamento seja participado e que a adoção de medidas seja compatível com os recursos disponíveis partilhados e com uma estratégia de aplicação transversal a nível regional.
No memorando, estas três entidades consideram que os desafios de uma nova ordem mundial gerada pela pandemia Covid-19 obrigam a recentrar, no imediato, medidas de ajustamento dos setores económicos estratégicos regionais, identificando novas oportunidades de mercado, mas também de relocalização industrial e de produção mais inteligente, automatizada e digital.
As medidas apresentadas são ainda justificadas pela mudança de hábitos de consumo, tendência para a diversidade da forma de trabalho e uma nova vivência em sociedade provocada pelo afastamento social, que provocam impactos evidentes na economia e tornam ainda mais prioritário o incremento digital e o comércio de proximidade, nas mais diversas dimensões.
Refere-se ainda que os serviços públicos, em especial os municipais, que vão ter uma confiança reforçada, devendo disseminar a sua dimensão eletrónica, tornando-se também mais digitais, mais simplificados e intuitivos na relação com os cidadãos.
É ainda entendimento dos signatários do documento que as lacunas evidenciadas na área da saúde e da proteção individual das pessoas no combate ao coronavírus estão a criar novas exigências nestas áreas, em especial na necessidade de existirem respostas de proximidade que garantam prontidão e segurança.
Ao nível da educação, consideram que o sistema educativo irá sofrer mudanças profundas, com escolas mais flexíveis e com modelos de ensino-aprendizagem inovadores e digitais, que contemplem o ensino à distância, focado no processo de aprendizagem e nas competências. Tal contexto, refere o memorando, obriga a um investimento de adaptação tecnológica, produção de conteúdos e plataformas digitais, assim como formação dos professores e alunos a esta nova tendência.
No memorando admite-se, por fim, que a ocorrência de eventuais futuras pandemias exige uma sociedade mais regional, resiliente, organizada, mais digital e com respostas mais próximas e robustas; realçando-se que a nível regional existe uma necessidade urgente de coordenar e partilhar acções, sendo que as entidades representativas da região de Leiria, com responsabilidades nas mais diversas áreas, terão um papel importante individualmente, mas sobretudo, um papel decisivo no seu trabalho em rede, para vencer a crise pós- pandemia.