Mosteiro da Batalha
03/12/2022| Batalha, Cultura e Património| CIMRL
O Mosteiro de Santa Maria da Vitória não deixa ninguém indiferente.
Numa praça desafogada, só mesmo a estátua em homenagem a D. Nuno Álvares Pereira rivaliza a atenção dos visitantes. Mas foi graças à vitória daquele que viria a ser o Condestável do Reino que as pretensões de Castela foram frustradas e Portugal continuou independente. O Mosteiro é o resultado da promessa de D. João I à virgem na véspera da famosa batalha de Aljubarrota.
Conta a lenda que durante a luta, D. João I disparou uma flecha e onde calhasse seria o local escolhido para o complexo que é o “grande monumento do gótico tardio português e o berço do estilo manuelino”. O mosteiro comemora a vitória militar sobre as tropas de Castela a 14 de agosto de 1385, graças à inovadora técnica do quadrado que projetou D. Nuno Álvares Pereira para o estrelato da época.
As histórias, lendas e episódios em torno do mosteiro são infindáveis. Tal como não têm fim os detalhes que captam a atenção. Desde os apóstolos esculpidos na porta de entrada, e a representação de Cristo com os quatro evangelistas, aos vitrais de 1514, passando pelos arcobotantes que suportam o peso da cobertura da nave central da igreja, ou até mesmo pelos 83 metros de comprimento e 32 de altura da igreja, tudo é um tributo à arquitetura, ao engenho e à arte.
Mas há mais. Podes ver os estragos provocados pelo terramoto de 1755 e depois pelas invasões francesas (há uma mancha escura numa das paredes provocada por uma bala de canhão). Podes visitar a Capela do Fundador, o Claustro de D. João I, o refeitório, o Claustro de D. João V (que também pode ser visitado por cima), o lago de oito bicas com peixinhos vermelhos (alimentados há 40 anos pelo mesmo senhor) ou até o relógio mecânico encomendado por D. Afonso V ao mestre João Alemão. As sete capelas imperfeitas são um prenúncio da história nacional. São imperfeitas porque não têm teto. O dinheiro não chegou porque era necessário para os Jerónimos. Sim, os Jerónimos, porque as obras se arrastaram até ao século XVI.
Também não podes falhar o render da guarda na Sala do Capítulo onde estão sepultados dois soldados desconhecidos – um vindo da Flandres (I Guerra Mundial) e outro da África colonial – e o Cristo das Trincheiras que esteve mesmo em vários campos de batalha.
Este monumento foi classificado pela Unesco como Património Mundial em 1983 por ser uma “absoluta obra-prima”.
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