Casulo de Malhoa
01/12/2022| Cultura e Património, Figueiró dos Vinhos| CIMRL
O Casulo é a casa que José Malhoa construiu, em 1895, e onde viveu grande parte da sua vida e pintou a maior parte das suas obras.
É neste típico challet romântico, cor de tijolo, que funciona o Posto de Turismo. Tem um torreão que junta os dois braços retangulares da casa e cornijas com frisos de azulejos de Rafael Bordalo Pinheiro. O corpo mais baixo inicialmente tinha apenas um piso que era a pequena casa térrea inicial de Malhoa. Mas Luiz Ernesto Reynaud foi responsável por acrescentar, três anos mais tarde, o segundo corpo e transformar o primeiro num atelier de pintura coberto por uma claraboia de vidro, que não resistiu até aos tempos de hoje.
Mas podes ver muitas coisas que foram usadas pelo pintor e pelos seus amigos. Por exemplo, a sala de jantar parece ter sido congelada no tempo e esperar apenas que alguém arraste as cadeiras e se sente à mesa para mais um repasto cheio de ideias, projetos e alegria. As paredes estão revestidas por uma imitação de couro lavrado e as portas têm frisos floridos pintados por António Ramalho Júnior. E são os originais! Já no teto as pinturas que eram de amigos do pintor desapareceram e foram substituídas por obras de professores e alunos da Escola de Belas Artes de Lisboa, aquando da reabilitação do edifício em 1985.
No interior é possível visitar uma exposição com alguns objetos pessoais do artista, mas também saber um pouco mais a intensa vida artista que fervilhava em Figueiró dos Vinhos no século XIX. José Malhoa (1855-1933), Henrique Pinto (1853-1912), que integravam o Grupo do Leão, o Mestre José Simões d’Almeida Júnior (1844-1926) e o seu sobrinho José Simões d’Almeida (1880-1950).
O antigo caramanchão e o banco, ambos em ferro, são elementos contemporâneos do pintor que decoravam o jardim, assim como o lago desenhado ao gosto da época. Este jardim foi certamente apreciado a partir da varanda em estilo de alpendre acessível a partir da sala de jantar.
José Malhoa morreu a 26 de outubro de 1933 e a casa foi vendida quatro anos depois, para residência privada, o que acarretou mudanças. Hoje é o público que dela desfruta.
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